O que é governança corporativa?

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O que é governança corporativa?

 

A governança corporativa compõe um conjunto de processos, costumes, políticas, leis, regulamentos que regulam a maneira como uma empresa é dirigida, administrada ou controlada, o que que permitem mais transparência e profissionalismo na gestão organizacional beneficiando atores internos e externos e os stakeholders de maneira geral, , além de garantir e incrementar o valor da empresa ao longo do tempo.

Isso porque, a governança corporativa estabelece os meios práticos necessários para que os princípios da empresa se efetivem e se assegure credibilidade interna e externa à organização.

 

A Governança é o sistema que conecta informações e incentivos entre diferentes esferas de atuação da empresa, e engloba o relacionamento entre os acionistas, a diretoria, os órgãos de fiscalização, o conselho de administração e todos os possíveis interessados nos processos.

Esse sistema de organização é desenhado para cada empresa e deve atender às demandas específicas daquela organização, ou seja, não há um conjunto pronto de medidas a serem implementadas e que garantem uma boa governança a priori. É necessário que a governança tenha contornos adaptados ao seu nível tecnológico, capacidade de investimento, diretrizes norteadoras da própria instituição e objetivos de médio e longo prazo.

 

Qual a importância da Governança Corporativa?

 

Ter um bom processo de governança tem muitas implicações positivas e, olhando inicialmente para a organização interna de uma empresa, destacamos a mitigação e detecção de erros em todas as partes do processo.

De forma geral, o principal benefício é a credibilidade que as empresas que possuem governança corporativa representam.

 

Todas as empresas listadas na Bolsa de Valores (B3) possuem governança corporativa, o que garante maior profissionalismo e lisura nos processos decisórios. As grandes empresas familiares também têm caminhado para a implantação da Governança, assim como as empresas que desejam abrir capital na Bolsa.

 

Quando uma empresa tem um processo de registro e transmissão das informações muito aberto, isto é, utiliza de ferramentas suscetíveis à alterações ou apagamentos, com baixa capacidade de detecção de falhas básicas, ou um nível de complexidade que não corresponde ao volume e tipo de dados produzidos nos processos, o resultado é eficiência reduzida, pouca capacidade alocativa e de tomada de decisões, extrema personalização do trabalho e imprevisibilidade.

 

Um exemplo prático, são organizações que não dispõe das informações necessárias para realizarem cortes de custos ou incremento nos investimentos pela simples falta ou baixa qualidade das informações sobre o seu financeiro, ou ainda desafios relacionados a sucessão da organização.

 

Outro cenário comum, são empresas em que o atendimento aos clientes ou a determinadas demandas não pode ser feito por outras pessoas ou perde desempenho na ausência de um membro. Isso demonstra que as informações precisam ser melhor organizadas e disponibilizadas. Deficiências como esta podem levar a perda de clientes, más escolhas nas contratações e treinamentos de pessoal e sobrecarga dos colaboradores.

 

Ainda dentro do ambiente empresarial, não implementar uma boa governança, significa a incapacidade de identificar os diferentes níveis de produtividade dos funcionários, e quais pontos demandam treinamento ou por vezes desligamentos.

 

Observando externamente, uma empresa que não possui capacidade de apresentar informações consistentes e transparentes dificilmente conseguirá atrair investidores e mantê-los como parceiros de negócio.

 

Quais os princípios da Governança Corporativa?

 

Para nortear as práticas de Governança o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), institui 4 princípios para orientar as organizações:

 

  • Transparência
  • Equidade
  • Prestação de contas
  • Responsabilidade Corporativa

 

A transparência se refere à disponibilidade de informações sobre a empresa tanto na área financeira quanto em todas as demais que a empresa julgar relevantes. Como já pontuamos, cada empresa irá apresentar uma demanda única de dados que seja capaz de agregar valor aos seus processos.

Em uma empresa do setor de serviços, uma demanda central é que hajam mecanismos de controle e aprimoramento do atendimento, o que pode ter contornos muito diferentes em uma empresa industrial, por exemplo.

Em uma organização em que as entregas são feitas em etapas, é de extrema importância que se implementem formas de controle individual e geral dos prazos. Dessa forma, é preciso frisar que a empresa deve ter capacidade de definir para si mesma em quais áreas ela precisa ser mais transparente e aprimorar seus processos de gerenciamento.

 

A equidade diz respeito à necessidade de isonomia no tratamento dos sócios e das partes interessadas, os stakeholders. Uma empresa não deve utilizar procedimento diferenciado com nenhum membro, isto é, atribuir pesos diferentes às ponderações por questões de ordem pessoal ou privilegiar interesses privados em detrimento dos interesses da organização.

 

A prestação de contas ou accountability é um princípio que afirma o compromisso dos membros para com a organização. Assim como a empresa deve se manter transparente, cada um dos membros tem mecanismos de elucidar o trabalho prestado e as decisões tomadas em seu cargo. A prestação de contas deve ser clara e objetiva de forma que as consequências de atos individuais tenham sua responsabilidade devidamente atribuída.

 

A responsabilidade corporativa é voltada à orientação das ações dos agentes corporativos. As decisões dos membros devem priorizar a saúde econômica e financeira da empresa, levando em conta a redução de exterioridades negativas, como danos ambientais, e maximização das exterioridades positivas.

 

Quando uma empresa deve implementar uma Governança Corporativa?

 

Pode ser no início da constituição de uma empresa, ou a medida em que vai crescendo, é importante que se implemente uma governança corporativa para aprimoramento constante da organização, promove também uma gestão mais multidisciplinar, técnica e impessoal. Isso se deve ao fato de que um sistema de gerenciamento adequado anda lado a lado a uma cultura organizacional baseada em responsabilidade, profissionalismo, comprometimento e bons incentivos. À medida que uma organização possui processos organizados e seguros, os colaboradores têm uma melhor orientação de como devem proceder através do próprio ambiente da empresa, sem que sejam necessários tantos apontamentos pessoais sobre conduta.

 

O que devo levar em consideração para implementar uma Governança?

 

A implementação de uma Governança deve ser considerada como um investimento, e como tal, o seu retorno deve ser maior do que o seu custo de implementação. Isso não significa que a utilização de sistemas mais robustos deve ser descartada, já que boa parte do retorno de uma boa governança é intangível ou pode ser contabilizado a médio e longo prazo.

 

A depender de como a empresa se encontra, a implementação da governança pode trazer benefícios imediatos, como a inteligência financeira, que pode levar a uma redução de custos e realocação de recursos. No entanto, um dos grandes pontos positivos de uma boa governança é a confiança gerada para o mercado, que pode ser vista em momentos em que a empresa decide captar recursos externos e portanto, terá um resultado mais expressivo, mas que precisa ser construído cotidianamente na organização.

 

Como implementar uma Governança Corporativa na minha empresa?

 

É inegável que existem muitas fontes de pesquisa para que se entenda mais sobre a implementação de melhores processos gerenciais. No entanto, a infinidade de ferramentas gerenciais no mercado pode causar confusão sobre qual se encaixa para a sua empresa, além da possibilidade de gastos desnecessários com sistemas que não atendem a uma demanda personalizada e o desperdício de tempo com tentativas pouco assertivas.

 

Nesse sentido, o ideal é que se procure um especialista no assunto, que possa te ajudar a entender as demandas reais da sua empresa e construir um cenário otimizado de investimentos em gestão.

 

Esse profissional é o conselheiro corporativo, que precisa deter tanto habilidades técnicas quanto comportamentais para dar conta de uma construção tão complexa. O conselheiro corporativo também deve ter um forte comprometimento ético e uma mentalidade que o permita agir de maneira interdisciplinar.

 

Me chamo Douglas De Matteu, sou PhD em Business Administration, pela Florida Christian University. Certificado em Governança Corporativa pela FGV, professor universitário na área de Planejamento Estratégico, Coach, Mentor, Empreendedor e escritor e quero contribuir para a criação de um planejamento único para alavancar a sua empresa.

Entre em contato pelo email douglas@iaperforma.com.br e descubra quais as possibilidades para sua empresa se tornar mais confiável e organizada hoje mesmo!

 

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