Você Tem A Coragem de Não Agradar? Um Desafio para Líderes Autênticos

Você está liderando com propósito ou apenas tentando agradar a todos?
Se a resposta te incomoda, este artigo é para você. Descubra por que a coragem de não agradar pode ser o divisor de águas na sua liderança.
A Coragem de Não Agradar: Lições Profundas de Liderança para Viver e Conduzir com Liberdade e Propósito
Por Douglas De Matteu | PhD em Administração, Master Coach Trainer e Especialista em Liderança e Desenvolvimento Humano
Em tempos de redes sociais, feedback instantâneo e busca incessante por aprovação, ser você mesmo virou um ato revolucionário. A obra “A Coragem de Não Agradar” (Ichiro Kishimi e Fumitake Koga) propõe exatamente isso: libertar-se das amarras da validação alheia e assumir a responsabilidade por uma vida significativa. Mas e se essa proposta também for o que falta para transformar a forma como lideramos?
Neste artigo, faço uma conexão entre os principais ensinamentos do livro e as competências de um líder contemporâneo — aquele que, mais do que gerar resultados, forma pessoas, transforma contextos e inspira confiança por onde passa.
1. Você não é prisioneiro do passado — nem seu time
Um dos pilares da psicologia adleriana é o conceito de que não somos determinados por experiências passadas, mas pela interpretação e pelo objetivo que damos a elas. Isso significa que um líder não pode ficar preso à sua história de fracassos, nem usar sua trajetória como justificativa para atitudes tóxicas ou autoritárias.
Do mesmo modo, um líder consciente enxerga seus liderados como seres em desenvolvimento. Ele não rotula. Ele acredita na capacidade de evolução de cada membro da equipe e oferece espaço seguro para crescimento — inclusive de si mesmo.
👉 Líderes libertadores não impõem o passado ao presente: eles oferecem visão de futuro.
2. Todos os problemas são de relacionamento — e o líder é um catalisador de vínculos
O livro afirma: “A maioria dos problemas humanos vem de relacionamentos interpessoais.” Essa máxima é especialmente verdadeira dentro das organizações. Metas inalcançadas, equipes desmotivadas e rotatividade crescente muitas vezes estão mais ligados a ruídos de comunicação, egos inflados e falta de empatia do que à estratégia em si.
Nesse cenário, o líder atua como facilitador de relacionamentos saudáveis. Ele cria pontes, promove escuta ativa, trata conflitos como oportunidades de amadurecimento e mostra que resultados sustentáveis nascem da confiança e da conexão genuína.
👉 Liderar é construir vínculos que inspiram, não vínculos que aprisionam.
3. Separação de tarefas: onde termina minha responsabilidade e começa a do outro
Uma das lições mais práticas do livro é o conceito de “separação de tarefas”. Muitos líderes adoecem por tentar controlar tudo — inclusive o que não está sob sua alçada, como o comportamento, a motivação ou as escolhas pessoais de seus liderados.
Entender a fronteira entre o que é responsabilidade sua (liderar com clareza, dar feedback, orientar) e o que é do outro (aceitar ou não, mudar ou não) é um alívio emocional e estratégico. Líderes que se desgastam tentando agradar a todos ou evitar qualquer conflito perdem foco, energia e autenticidade.
👉 O líder maduro lidera com leveza porque sabe que não precisa salvar todo mundo — apenas cumprir com excelência o seu papel.
4. A liberdade está em não agradar todo mundo — e sim em ser coerente
Uma das frases mais impactantes do livro é: “A verdadeira liberdade é ser odiado por alguém.” Não como um ato de rebeldia, mas como um reconhecimento de que agradar a todos é uma prisão invisível.
No mundo corporativo, líderes que vivem buscando aprovação tendem a evitar decisões difíceis, a abrir concessões demais e a enfraquecer sua autoridade. A coragem de manter-se coerente com os valores da empresa, com a ética e com a visão de futuro é o que separa líderes inspiradores de chefes inseguros.
👉 Ser um bom líder não é ser querido por todos — é ser lembrado como alguém que fez a coisa certa.
5. A felicidade vem da contribuição, não da validação
O livro fecha com uma virada de chave poderosa: a felicidade está na contribuição e não na aprovação. Em liderança, isso se traduz no líder que orienta, desenvolve e reconhece seus liderados com sinceridade, não para ser aplaudido, mas porque acredita no impacto positivo que isso gera na vida deles e na organização.
A liderança com propósito ultrapassa o ego. Ela tem como base o serviço. E servir, neste contexto, é capacitar pessoas para que floresçam, mesmo que elas um dia voem para além da sua equipe.
👉 O legado de um líder não está no aplauso que recebe, mas no impacto que deixa.
A Coragem como Caminho de Liderança
“A Coragem de Não Agradar” é, no fundo, um chamado à liderança íntegra. Liderar com coragem é não ter medo de desagradar quando necessário, de tomar decisões impopulares em nome do bem maior, de abrir mão do controle para confiar mais nas pessoas — e de, acima de tudo, viver de forma autêntica.
No fim das contas, a liderança mais poderosa não é a que impressiona, mas a que transforma. Não é a que grita, mas a que inspira. E para isso, é preciso abandonar o peso de agradar e abraçar o compromisso de contribuir.
Vamos Conversar? Um Diálogo de Coragem, Autenticidade e Liberdade
O livro “A Coragem de Não Agradar”, de Ichiro Kishimi e Fumitake Koga, é uma verdadeira provocação filosófica em forma de diálogo. Um jovem inconformado questiona um velho filósofo sobre felicidade, aceitação, liberdade e propósito — e, ao longo da conversa, é confrontado por verdades que poucos ousam dizer em voz alta.
Inspirado nesse estilo de diálogo, quero agora conversar com você, leitor, como se estivéssemos sentados frente a frente, trocando ideias sobre o que realmente importa. A seguir, compartilho perguntas poderosas de coaching, baseadas nas reflexões do livro, para te ajudar a encontrar suas próprias respostas e, talvez, uma nova direção para sua vida ou liderança.
Perguntas Poderosas para Sua Jornada de Autoconhecimento
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Quem você é quando ninguém está olhando?
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Você está vivendo sua vida ou a vida que esperam de você?
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Você está escolhendo seu caminho… ou apenas reagindo ao que o mundo impõe?
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Qual o peso que você carrega por tentar agradar os outros?
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O que mudaria se você tivesse coragem de ser rejeitado?
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Você acredita que pode ser feliz mesmo sem aprovação externa?
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Quais tarefas você está assumindo que, na verdade, pertencem a outras pessoas?
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Que parte da sua história você tem usado como desculpa para não mudar?
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Se a felicidade está na contribuição, o que você tem entregado ao mundo?
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Você está liderando sua vida ou apenas sendo liderado pelas circunstâncias?
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Que decisões você adiou por medo de desagradar?
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Se você aceitasse plenamente quem é, o que faria de diferente hoje?
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Quem você seria se não precisasse mais da aprovação de ninguém?
Essas perguntas não têm respostas prontas. E talvez você nem precise respondê-las agora. Mas se puder, pare por um momento… respire… e reflita.
Seja você um líder, um profissional em transição ou alguém buscando viver com mais sentido, saiba: a verdadeira liberdade começa quando você tem a coragem de ser quem realmente é.
E você, tem coragem de não agradar?
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