GESTÃO DE PESSOAS: Fundamentos e Tendências 

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Confira as principais variáveis da gestão de pessoas contemporânea

Estamos diante da quarta revolução industrial, também conhecida como Indústria 4.0, o contexto de novas tecnologias, da inteligência artificial, da robotização e da internet das coisas, entre outras. Logo, surge uma necessidade ainda maior de realizar uma gestão de pessoas cada vez mais eficaz e, nesse sentido, promover o comprometimento dos funcionários com foco nos resultados do negócio torna-se um fator crítico para as organizações. 

Diante deste cenário, a área de recursos humanos assume um novo paradigma, em que emerge a necessidade de desenvolver além do modelo tradicional de gestão de pessoas, o que compreende: agregar pessoas, (recrutamento e seleção), orientar (descrição de cargos, gestão por competências, etc.), desenvolver (treinamento & desenvolvimento e gestão do conhecimento), recompensar (incentivos e modelo de remuneração), reter (plano de carreira e progressão profissional) e acompanhar (monitorar desempenho e sistemas de informação aplicados à gestão de pessoas), que são os seis processos básicos de Gestão de Pessoas conforme Idalberto Chiavenato (2016). Inclui-se, também, um modelo mais contemporâneo, em que o profissional de recursos humanos assume o papel de Business Partner, ou seja, parceiro de negócios. Neste modelo, o profissional se desloca de uma área específica e se aproxima dos gestores e do cotidiano da operação de negócio, contribuindo significativamente com as estratégias de negócio e o resultado organizacional. 

A Gestão de Pessoas contemporânea tem forte ênfase na gestão do conhecimento, treinamento e desenvolvimento, gestão por competências e nas novas tecnologias aplicadas à gestão de pessoas. Nesse sentido, recrutamento e seleção por competências assumem papel de destaque, valorizando-se mais questões comportamentais do que somente cursos e certificados; em especial fazendo-se uso de ferramentas tecnológicas para a identificação do perfil comportamental – como DISC e outros – e soma-se também a identificação dos valores pessoais dos candidatos com os valores da organização. 

Esse novo modelo de gestão de pessoas conta com a utilização de tecnologias como a People Analytics: analisando as pessoas com uso de sistemas informatizados e inteligência artificial, que verifica o comportamento a partir das informações diárias da empresa, com aspectos estatísticos e utilizando parâmetros objetivos para recrutamento, seleção, promoções e treinamentos, entre outros.  Pesquisa realizada em 2017 pela Bersin e publicada na Forbes evidenciou que o índice de organizações que planejam utilizar o People Analytics subiu de 10-15% para cerca de 69%. 

A área de treinamento e desenvolvimento dos funcionários atua alinhada com o core business do negócio, ou seja, o núcleo ou coração do negócio, e com as tendências de mercado, como gamificação, realidade aumentada, integração entre gerações, universidades corporativas, coaching e mentoring. Também lança mão de programas contínuos de desenvolvimento de lideranças e equipes, focalizando as demandas do negócio e do mercado no qual está inserido, de maneira objetiva e pragmática, conjugando indicadores de desempenho, resultados e pessoas. 

O modelo de recursos humanos, mais tradicional, com foco nas rotinas de departamento pessoal, centralizado na folha de pagamento, ponto de funcionário, cálculos de férias e horas extras, entre outras questões mais burocráticas, é substituído por sistemas informatizados aplicados para a gestão de pessoas – como o controle de acesso via biometria -, e informações gerais sobre a relação entre empregado e empregador são disponibilizados em sistemas eletrônicos, inclusive o holerite e o apontamento de férias, entre outras informações operacionais. Desta maneira, os funcionários da área de recursos humanos podem atuar de forma mais tática e estratégica, automatizando questões mais operacionais. 

Desafios relacionados à comunicação, integração entre as gerações, uso consciente e responsável dos recursos tecnológicos, diversidade e assédio no contexto do trabalho são pontos emergentes nas organizações, às quais a gestão de pessoas deve estar em constante acompanhamento. Alcançará esse objetivo dando ênfase ao clima organizacional motivador, promovendo a proatividade, a autorresponsabilidade, a valorização e o respeito às pessoas, além da mobilização para os resultados. A flexibilidade do trabalho é outra realidade, com as alterações recentes na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que formalizou o trabalho em regime home office, por exemplo, bem como flexibilizou a jornada de trabalho, em especial em decorrência da pandemia que vem imprimindo um novo cenário para gestão contemporânea de pessoas. 

Mesmo diante de tantas mudanças tecnológicas, as pessoas constituem o maior diferencial de uma organização e, consequentemente, necessitam ser lideradas e gerenciadas de maneira eficiente e eficaz, o que evidencia o papel e a importância da gestão de pessoas.

Referências

CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos. Rio de Janeiro: Campus, 2016.

VERGARA, S. C. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2016.

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